quarta-feira, 28 de julho de 2010

DO FILME TEMPOS DE PAZ

"Ai miserável de mim e infeliz!
Apurar, ó céus, pretendo,
já que me tratais assim,
que delito cometi
contra vós outros, nascendo;
que, se nasci, já entendo
qual delito hei cometido:
bastante causa há servido
vossa justiça e rigor,
pois que o delito maior
do homem é ter nascido.


E só quisera saber,
para apurar males meus
deixando de parte, ó céus,
o delito de nascer,
em que vos pude ofender
por me castigardes mais?
Não nasceram os demais?
Pois se eles também nasceram,
que privilégios tiveram
como eu não gozei jamais?


Nasce a ave, e com as graças
que lhe dão beleza suma,
apenas é flor de pluma,
ou ramalhete com asas,
quando as etéreas plagas
corta com velocidade,
negando-se à piedade
do ninho que deixa em calma:
só eu, que tenho mais alma,
tenho menos liberdade?


Nasce a fera, e com a pele
que desenham manchas belas,
apenas signo é de estrelas
graças ao douto pincel,
quando atrevida e cruel,
a humana necessidade
lhe ensina a ter crueldade,
monstro de seu labirinto:
só eu, com melhor instinto,
tenho menos liberdade?


Nasce o peixe, e não respira,
aborto de ovas e lamas,
e apenas baixel de escamas
por sobre as ondas se mira,
quando a toda a parte gira,
num medir da imensidade
co'a tanta capacidade
que lhe dá o centro frio:
só eu, com mais alvedrio,
tenho menos liberdade?


Nasce o arroio, uma cobra
que entre as flores se desata,
e apenas, serpe de prata,
por entre as flores se desdobra,
já, cantor, celebra a obra da natura em piedade
que lhe dá a majestade
do campo aberto à descida:
só eu que tenho mais vida,
tenho menos liberdade?


Em chegando a esta paixão
um vulcão, um Etna feito,
quisera arrancar do peito
pedaços do coração.
Que lei, justiça, ou razão,
nega aos homens - ó céu grave!
privilégio tão suave,
exceção tão principal,
que Deus a deu a um cristal,
ao peixe, à fera, e a uma ave?"


MONÓLOGO DE SEGISMUNDO
(LA VIDA ES SUEÑO, Ato I, Cena I - de Pedro Calderón de la Barca)

terça-feira, 27 de julho de 2010

TERREMOTO


TERREMOTOS


Dizem que passado o
terremoto de Lisboa (1755),
o Rei perguntou ao General o que
se
havia de fazer.
Ele respondeu ao Rei:
'Sepultar os mortos,
cuidar dos vivos e fechar os portos
'.

Essa resposta simples,
franca
e direta tem muito
a nos ensinar.

Muitas vezes temos em
nossa vida
'terremotos' avassaladores,
o que fazer?
Exatamente
o que disse o General:
'Sepultar os mortos,
cuidar dos vivos
e fechar os portos
'.

E o que isso quer dizer para a nossa
vida?

Sepultar os mortos
significa que não adianta
ficar reclamando e chorando o passado.
É
preciso 'sepultar' o passado.

Colocá-lo debaixo da terra.
Isso significa 'esquecer' o
passado.
Enterrar os mortos.

Cuidar
dos vivos
significa que,
depois de enterrar o passado,
em
seguida temos que cuidar do presente.
Cuidar do que ficou vivo.
Cuidar
do que sobrou.
Cuidar do que realmente existe.

Fazer o que
tiver que ser feito para
salvar o que restou do terremoto.

Fechar os portos significa não deixar as

'portas' abertas para que novos
problemas possam surgir ou
'vir
de fora' enquanto estamos
cuidando e salvando o que restou
do
terremoto de nossa vida.
Significa concentrar-se na reconstrução,
no
novo.
É assim que a história nos ensina.
Por
isso a história é 'a mestra da vida'.
Portanto,
quando
você enfrentar um terremoto,
não
se esqueça:
enterre os mortos,
cuide
dos vivos e feche os portos
.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

"- Minha mãe,quem é Aquele,
pregado na cruz?
-Aquele ,filho, é Jesus,
é a santa imagem dele.
- E quem é Jesus?
-É Deus.
-E quem é Deus?
-Quem nos guia,
quem nos deu a luz do dia
e fez a terra e o céu.
E veio ensinar à gente
que todos somos irmãos
e devemos dar as mãos
uns aos outros irmamente.
E MORREU PARA PROVAR
QUE A GENTE PELA VERDADE
SE DEVE DEIXAR MATAR." (João de Deus)

domingo, 4 de julho de 2010

...



saudade de gente q sente, q ri, q sofre , q pulsa, q chora, q vibra , q comemora, q faz a diferença, q pensa, q cansa, q inventa uma nova dança, q faz uma careta, q adora surpresas, q muda de casa, de estilo, de vida, q alegra, q persevera pela felicidade, que n tem medo da idade,q sacode a poeira, dá a volta por cima,q é sucesso, q ama...saudade de qm é solar, de qm ás vezes é lunar, que é surreal q é sobrenatural, q significa intuição, q explode como um vulcão,mas q n mente ao próprio coração.
saudade de mim...